domingo, 15 de junho de 2014

Beata Elizabete da Trindade











Nascimento

Na manhã de domingo, 18 de julho de 1880, Elisabete Cates nasce no acampamento militar de Avor, onde seu pai, o Capitão José Catez, do oitavo esquadrão do trem das equipagens, está em guarnição. O seu nascimento não esteve isento de dificuldades. Os dois médicos presentes já haviam advertido o Capitão que seria necessário fazer o sacrifício desta primeira criança. A mãe sofreu muito durante trinta e seis horas. Mas, no final da Missa que o Capelão Chaboisseau celebrava nas suas intenções, a pequena Elisabete vem ao mundo. A criança tem boa saúde, “era muito bonita e muito esperta”, se recordará a senhora Catez. A 22 de julho, festa de Santa Maria Madalena (será motivo de alegria para a futura contemplativa), ela é batizada. (p.12).


Morte do Pai

A 24 de janeiro de 1887 morre Raymond Rolland, tão hábil, segundo se diz, “na arte de ser avô”. Oito meses mais tarde, novo luto, bem mais doloroso: na manhã de domingo, 2 de outubro, o senhor Catez, que já sofrera várias crises cardíacas, morre de modo brusco. (p.14).


Formação

Sem ser rica, a senhora Catez goza de uma comodidade suficiente para assegurar a formação de suas filhas. Por volta dos sete anos, Elisabete recebe as primeiras aulas particulares de francês da senhorita Gemaux, sem dúvida para prepará-la para um ofício de professora de piano, sua mãe a inscreve no Conservatório de Dijon aos oito anos de idade.


Eu não tenho fome, Jesus me alimentou

O que se passou no seu coração, no dia 19 de abril de 1891? Durante a Missa e a ação de graças, lágrimas de alegria correm sobre seu rosto…Ao sair da Igreja de São Miguel, ela diz a Maria Luísa hallo: “Eu não tenho fome, Jesus me alimentou…” Pode-se supor a intensidade deste primeiro encontro com o Corpo de Cristo através de uma de suas poesias da juventude escrita para o sétimo aniversário desta comunhão – uma das únicas poesias redigidas unicamente para ela mesma em face de Jesus, e que formam seu diário íntimo. À tarde, com sua bela veste branca, ela vai visitar a Madre Priora do Carmelo. Maria de Jesus explica-lhe o significado de seu nome hebreu: “Elisabete é a casa de Deus”. A menina está e permanecerá profundamente impressionada. Ela experimentou tão bem esta manhã que Deus nela habita!


Entrada no Carmelo

O dia 2 de agosto de 1901 traz também para Elisabete a paz profunda de poder, enfim, dizer sim a Jesus que a quer no Carmelo. Nesta manhã ela escreve ao Cônego Angles: “Nós comungaremos na Missa das oito horas e, depois disto, quando Ele estiver no meu coração, mamãe me conduzirá à porta da clausura!” Quando Ele estiver no meu coração… Ela termina: “Eu sinto que sou toda sua, que não reservo nada, lanço-me nos seus braços como uma criancinha”. (p.22).
A 2 de agosto de 1901, data de sua entrada, vinte e quatro Irmãs vivem no interior, e duas Irmãs veleiras na habitação exterior. Elisabete é a sétima jovem do “noviciado”, onde se permanece ainda três anos após a profissão (não havia naquela época os votos temporários). (p.23)
A 11 de janeiro de 1903, na festa da Epifania, após treze meses de noviciado, Irmã Elisabete da Trindade, aceita por unanimidade por sua Comunidade, consagra-se a Deus pela Profissão por toda a eternidade(p.24).


O noviciado

Se os quatro meses de seu postulantado transcorreram na alegria e na luz, o ano de noviciado foi tanto mais duro e penoso. A oração tornou-se árida; pela segunda vez, Elisabete está regularmente agoniada pelos escrúpulos devidos em parte a seu desejo de fazer tudo com perfeição; sua saúde vacila um pouco; sua sensibilidade (o traço dominante de seu caráter, afirma ela durante o seu postulantado) vibra dolorosamente. Mas ninguém conhece este sofrimento afora suas Superioras. (p.24).


O sofrimento

Todo sofrimento será então vivenciado por Elisabete numa perspectiva relacional. Ela carrega a sua Cruz em obediência a Jesus que convida seus discípulos a “segui-lo” (Mt 8, 34). Eu não posso dizer que amo o sofrimento em si mesmo, mas o amo porque ele me faz conforme Àquele que é meu Esposo e meu Amor. (p.27).
Antes do fim de março de 1906, Elisabete entra na enfermaria do Carmelo. O enfraquecimento progressivo dos últimos meses a confina num esgotamento total. Alimenta-se sempre com maior dificuldade. (p.28).
“É assim que Madre Germana classifica os oito meses e meio da terrível enfermidade de Elisabete. É impossível retraçar aqui com detalhes a evolução desta doença nem toda a riqueza espiritual que a acompanha. (p.29)
Provavelmente à seguida de uma tuberculose, Elisabete foi atingida pela doença de Addison, então incurável, afecção crônica das glândulas suprarrenais que não produziram mais as substâncias necessárias para o metabolismo. Donde resulta a astenia característica, perturbação gastrointestinal, náuseas, hipotensão arterial, (quase) impossibilidade de se alimentar, emagrecimento, tudo isto conduz a um esgotamento físico total e à morte. Sobre este estado geral se inserem com Elisabete outras complicações, como ulcerações interiores, fortes dores de cabeça, insônias… À medida que ela se aproxima da morte, todos estes sintomas se manifestam mais violentamente. Há também crises mais agudas, como a do dia 13 de Maio quando pensou que fosse morrer. (p.29).
“Madre Germana fala de seu corpo “comparável a um esqueleto”, literalmente calcinado”. Francisco de Sourdon, recordando-se do corpo de sua amiga exposto depois de sua morte, afirma: “Ela estava assustadora. Sentia-se uma criatura destruída, consumida”. (p.30).


A morte

“No dia de todos os Santos, comunga pela última vez. (…) Elisabete sai de sua prostração e pede perdão às suas irmãs em termos emocionantes. Convidada a lhes dizer ainda alguma palavra, ela responde: “Tudo passa! …Na tarde da vida só o amor permanece …É preciso fazer tudo por amor; é preciso se esquecer sem cessar: o bom Deus ama tanto quem se esquece de si …Ah! se eu tivesse feito sempre assim! …A noite de 8 para 9 de novembro é penosíssima. A seus sofrimentos se acrescenta a asfixia …Quase sem que se perceba ela cessa de respirar. Era por volta das seis horas e quinze minutos. (p.32).
A 9 de novembro: Morre aos 26 anos de idade. (p.36)

Bibliografia: Elisabete da Trindade. Obras Completas. Editora. Vozes.


Sobre o Processo de Canonização da Beata Elisabete da Trindade!

“No dia 11 de julho de 2011, no Arcebispado de Dijon, na presença do Monsenhor Roland Minnerah, Arcebispo da Diocese, teve início o processo “Super Miro” para a canonização da Beata Elisabete da Trindade (1880-1906).
Depois de uma breve oração, estando na presença de uma relíquia da carmelita de Dijon, os membros do tribunal prestaram juramento: Monsenhor Ennio Apeciti, da Arquidiocese de Milão, como juiz delegado arquidiocesano, o Cônego Paul Chadeuf, como promotor de justiça, e Dom Yves Frot como notário.
O Chanceler Arquidiocesano, Cônego Marc Galen, leu o “Supplice Libello” do Vice-Postulador da Causa, Padre Antônio de la Madre de Dios, OCD, com o qual pediu o início do processo em virtude do suposto milagre, atribuído à intercessão da Beata.
Logo na primeira sessão, ocorreu o interrogatório das três carmelitas descalças do Carmelo de Dijon-Flavignerot, onde ocorreu o suposto milagre da cura da senhorita belga Marie-Paul Stevens. Professora de ensino religioso no Instituto dos Irmãos Maristas de Malmedy (Bélgica), Marie-Paul começou, em maio de 1997, a experimentar problemas na salivação e dificuldade para articular as palavras.
Algumas semanas depois, uma amiga médica lhe aconselhou a fazer alguns exames clínicos. Constatou-se, então, que ela havia contraído a síndrome de Sjogren, a qual atinge gradualmente o organismo. Durante a doença, muitas pessoas fizeram a novena da Irmã Elisabete da Trindade pedindo a cura de Marie-Paul. Por sugestão de vários médicos, ela iniciou a quimioterapia, a qual não obteve nenhum resultado.
A situação piorava e havia risco de morte. Por isso, ela decidiu viajar ao Carmelo de Flavignerot para agradecer à Irmã Isabel por tê-la sustentado durante esse tempo de doença. No dia 2 de abril de 2002, depois de ter rezado na capela do Carmelo e ter agradecido à Irmã Isabel, sentou-se em uma pequena pedra do jardim do mosteiro. De repente, e diante da admiração dos amigos que lhe acompanhavam, levantou-se e, com as mãos elevadas ao céu, exclamou cheia de alegria: “Não tenho mais nenhuma doença!” Desde então, retomou sua vida normal.”

Fonte: http://www.portalcarmelitano.org.

Beata Elisabete da Trindade, rogai por nós!

domingo, 1 de junho de 2014

Missa da ascensão do Nosso Senhor

OCDS Maceió inicia o auxílio nas atividades do carmelo






Na primeira reunião do mês de Junho, o grupo Nossa senhora do monte carmelo contou com a participação de Frei André Severo, delegado da OCDS Norte-Nordeste. O tema em pauta foi sobre Nossa Senhora do Carmo mãe e carmelita.